Al Berto

Al Berto

Portugal — Escritor

11 Jan 1948 // 13 Jun 1997

11 Poemas

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    Al Berto Foram Breves e Medonhas as Noites de Amor

    Al Berto
    foram breves e medonhas as noites de amor
    e regressar do âmago delas esfiapava-lhe o corpo
    habitado ainda por flutuantes mãos

    estava nu
    sem água e sem luz que lhe …

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    Al Berto Os Amigos

    Al Berto
    no regresso encontrei aqueles
    que haviam estendido o sedento corpo
    sobre infindáveis areias

    tinham os gestos lentos das feras amansadas
    e o mar iluminava-lhes as máscaras
    esculpidas pelo dedo errante …

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    Al Berto Pernoitas em Mim

    Al Berto
    pernoitas em mim
    e se por acaso te toco a memória... amas
    ou finges morrer

    pressinto o aroma luminoso dos fogos
    escuto o rumor da terra molhada
    a fala queimada …

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    Al Berto Visita-me Enquanto não Envelheço

    Al Berto
    visita-me enquanto não envelheço
    toma estas palavras cheias de medo e surpreende-me
    com teu rosto de Modigliani suicidado

    tenho uma varanda ampla cheia de malvas
    e o marulhar das noites …

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    Al Berto Ofício de Amar

    Al Berto
    já não necessito de ti
    tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
    tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras
    [galáxias, e
    [o remorso

    um dia …

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    Al Berto Cromo

    Al Berto
    andamos pelo mundo
    experimentando a morte
    dos brancos cabelos das palavras
    atravessamos a vida com o nome do medo
    e o consolo dalgum vinho que nos sustém
    a urgência de …

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    Al Berto Corpo

    Al Berto
    corpo
    que te seja leve o peso das estrelas
    e de tua boca irrompa a inocência nua
    dum lírio cujo caule se estende e
    ramifica para lá dos alicerces da …

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    Al Berto Se um Dia a Juventude Voltasse

    Al Berto
    se um dia a juventude voltasse
    na pele das serpentes atravessaria toda a memória
    com a língua em teus cabelos dormiria no sossego
    da noite transformada em pássaro de lume …

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    Al Berto Mais Nada se Move em Cima do Papel

    Al Berto
    mais nada se move em cima do papel
    nenhum olho de tinta iridescente pressagia
    o destino deste corpo

    os dedos cintilam no húmus da terra
    e eu
    indiferente à sonolência …

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    Al Berto Rumor dos Fogos

    Al Berto
    hoje à noite avistei sobre a folha de papel
    o dragão em celulóide da infância
    escuro como o interior polposo das cerejas
    antigo como a insónia dos meus trinta e …

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