Álvaro de Campos

Portugal

n. 15 Out 1890

100 Poemas

  • Previous
  • Page 7 of 10
  • Next

  • Poemas

    Ode Triunfal

    Álvaro de Campos
    À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
    Tenho febre e escrevo.
    Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
    Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. …

    Leia mais


    Dactilografia

    Álvaro de Campos
    Traço, sozinho, no meu cubículo de engenheiro, o plano,
    Firmo o projeto, aqui isolado,
    Remoto até de quem eu sou.

    Ao lado, acompanhamento banalmente sinistro,
    O tique-taque estalado das máquinas …

    Leia mais


    Pecado Original

    Álvaro de Campos
    Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido?
    Será essa, se alguém a escrever,
    A verdadeira história da humanidade.

    O que há é só o mundo verdadeiro, não …

    Leia mais


    A Angústia Insuportável de Gente

    Álvaro de Campos
    Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
    A banalidade devorante das caras de toda a gente!
    Ah, a angústia insuportável de gente!
    O cansaço inconvertível de …

    Leia mais


    A Frescura

    Álvaro de Campos
    Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
    Faltar é positivamente estar no campo!
    Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
    Respiro melhor agora que …

    Leia mais


    Magnificat

    Álvaro de Campos
    Quando é que passará esta noite interna, o universo,
    E eu, a minha alma, terei o meu dia?
    Quando é que despertarei de estar acordado?
    Não sei. O sol brilha …

    Leia mais


    Psiquetipia

    Álvaro de Campos
    Símbolos. Tudo símbolos
    Se calhar, tudo é símbolos...
    Serás tu um símbolo também?

    Olho, desterrado de ti, as tuas mãos brancas
    Postas, com boas maneiras inglesas, sobre a toalha da …

    Leia mais


    Barrow-on-Furness

    Álvaro de Campos
    I

    Sou vil, sou reles, como toda a gente
    Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
    Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
    Quem diz que …

    Leia mais


    O Mesmo

    Álvaro de Campos
    O mesmo Teucro duce et auspice Teucro
    É sempre cras — amanh㠗 que nos faremos ao mar.

    Sossega, coração inútil, sossega!
    Sossega, porque nada há que esperar,
    E por …

    Leia mais


    No Lugar dos Palácios Desertos

    Álvaro de Campos
    No lugar dos palácios desertos e em ruínas
    À beira do mar,
    Leiamos, sorrindo, os segredos dos sinais
    De quem sabe amar.

    Qualquer que ele seja, o destino daqueles
    Que …

    Leia mais


  • Previous
  • Page 7 of 10
  • Next