António Barbosa Bacelar

António Barbosa Bacelar

Portugal — Poeta

1610 // 1663

6 Poemas

Poemas

António Barbosa Bacelar A uma Ausência

António Barbosa Bacelar
Sinto-me, sem sentir, todo abrasado
No rigoroso fogo que me alenta;
O mal, que me consome, me sustenta;
O bem, que me entretém, me dá cuidado.

Ando sem me mover, …

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António Barbosa Bacelar A umas Saudades

António Barbosa Bacelar
Saudades de meu bem, que noite e dia
A alma atormentais, se é vosso intento
Acabardes-me a vida com tormento,
Mais lisonja será que tirania.

Mas, quando me matar vossa …

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António Barbosa Bacelar Retrato de um Bêbado

António Barbosa Bacelar
Perdi-me vendo a pipa, o torno aberto;
Minha alma está metida em vinho tinto;
Tão bêbado estou que já não sinto
Ser bêbado coberto ou encoberto.

Tenho a cama longe, …

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António Barbosa Bacelar Amoroso Desdém num Belo Agrado

António Barbosa Bacelar
Amoroso desdém num belo agrado,
No mais duro ferir um doce jeito,
Tirania suave em brando aspeito,
Olhos de fogo em coração nevado,

No vestir um asseio descuidado,
Ingratidão amável …

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António Barbosa Bacelar A uma Dama

António Barbosa Bacelar
Por fazer lisonja às flores
De flores touca o cabelo
Nise, a gala do donaire,
Nise, a glória dos desejos.
Invejosas as estrelas
Murmuraram tanto emprego,
Se as não contentara …

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António Barbosa Bacelar À Variedade do Mundo

António Barbosa Bacelar
Este nasce, outro morre, acolá soa
Um ribeiro que corre, aqui suave,
Um rouxinol se queixa brando e grave,
Um leão c'o rugido o monte atroa.

Aqui corre uma fera, …

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