António Ramos Rosa

Portugal — Poeta/Ensaísta

17 Out 1924 // 23 Set 2013

20 Poemas

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    Poemas

    A Verdade

    António Ramos Rosa
    A verdade é semelhante a uma adolescente
    vibrante, flexível, em radiosa sombra.
    Quando fala é a noite translúcida no mar
    e a esfera germinal e os anéis da água.
    Um …

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    Um Ofício que Fosse de Intensidade e Calma

    António Ramos Rosa
    Um ofício que fosse de intensidade e calma
    e de um fulgor feliz E que durasse
    com a densidade ardente e contemporâneo
    de quem está no elemento aceso e é …

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    Poema dum Funcionário Cansado

    António Ramos Rosa
    A noite trocou-me os sonhos e as mãos
    dispersou-me os amigos
    tenho o coração confundido e a rua é estreita

    estreita em cada passo
    as casas engolem-nos
    sumimo-nos,
    estou num …

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    A Partir da Ausência

    António Ramos Rosa
    Imaginar a forma
    doutro ser Na língua,
    proferir o seu desejo
    O toque inteiro

    Não existir

    Se o digo acendo os filamentos
    desta nocturna lâmpada
    A pedra toco do silêncio …

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    O Jardim

    António Ramos Rosa
    Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,
    calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
    Sequências de convergências e divergências,
    ordem e dispersões, transparência de estruturas,
    pausas de areia e de água, …

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    A Leitora

    António Ramos Rosa
    A leitora abre o espaço num sopro subtil.
    Lê na violência e no espanto da brancura.
    Principia apaixonada, de surpresa em surpresa.
    Ilumina e inunda e dissemina de arco em …

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    Aqui Mereço-te

    António Ramos Rosa
    O sabor do pão e da terra
    e uma luva de orvalho na mão ligeira.
    A flor fresca que respiro é branca.
    E corto o ar como um pão enquanto …

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    A Palavra

    António Ramos Rosa
    Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina
    e a alegria aviva-se em redonda ressonância.
    O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível
    que reconhece e inventa a …

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    Mediadora do Vento

    António Ramos Rosa
    Ligeira sobre o dia
    ao som dos jogos,
    desliza com o vento
    num encantado gozo.

    Pelas praias do ar
    difunde-se em prodígios.
    Tudo é acaso leve,
    tudo é prodígio simples. …

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    Não Choro pela Pátria

    António Ramos Rosa
    Não choro pela pátria Ninguém chora pela pátria
    Retém-se o grito que lavra pelo corpo
    sulcos sangrentos e o faz sentir em si a pele
    que se separa e se …

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