Hino à Preguiça
Bernardo Guimarães
...Viridi projectus in antro...
VIRGÍLIO
Meiga Preguiça, velha amiga minha,
Recebe-me em teus braços,
E para o quente, conchegado leito
Vem dirigir meus passos.
Ou, se te apraz, na rede …
VIRGÍLIO
Meiga Preguiça, velha amiga minha,
Recebe-me em teus braços,
E para o quente, conchegado leito
Vem dirigir meus passos.
Ou, se te apraz, na rede …
Hino à Tarde
Bernardo Guimarães
A tarde está tão bela e tão serena
Que convida a cismar .. Ei-la saudosa
E meiga reclinada
Em seu etéreo leito,
Da muda noite amável precursora;
Do róseo seio …
Que convida a cismar .. Ei-la saudosa
E meiga reclinada
Em seu etéreo leito,
Da muda noite amável precursora;
Do róseo seio …
Minha Rede
Bernardo Guimarães
CANÇÃO
Minha rede preguiçosa
Amorosa,
Em teu seio me embalança;
Quero ler nos céus risonhos
Doces sonhos
De ventura e de esperança.
Neste lânguido deleixo
Correr deixo
Minha vida descuidosa, …
Minha rede preguiçosa
Amorosa,
Em teu seio me embalança;
Quero ler nos céus risonhos
Doces sonhos
De ventura e de esperança.
Neste lânguido deleixo
Correr deixo
Minha vida descuidosa, …
O Ermo
Bernardo Guimarães
Quae sint, quae fuerint, quae sunt ventura, trahentur.
VIRGÍLIO
I
Ao ermo, ó musa: — além daqueles montes,
Que, em vaporoso manto rebuçados,
Avultam lá na extrema do horizonte...
Eia, …
VIRGÍLIO
I
Ao ermo, ó musa: — além daqueles montes,
Que, em vaporoso manto rebuçados,
Avultam lá na extrema do horizonte...
Eia, …
O Nariz Perante os Poetas
Bernardo Guimarães
Cantem outros os olhos, os cabelos
E mil cousas gentis
Das belas suas: eu de minha amada
Cantar quero o nariz.
Não sei que fado mísero e mesquinho
É este …
E mil cousas gentis
Das belas suas: eu de minha amada
Cantar quero o nariz.
Não sei que fado mísero e mesquinho
É este …
A Campanha do Paraguai
Bernardo Guimarães
HERÓIDES BRASILEIRAS
IV
RIACHUELO E BARROSO
(...)
Salve, ó nomes tão dignos de memória!
Vós sós sois um poema!
E entre os troféus da brasileira glória
O mais formoso emblema! …
IV
RIACHUELO E BARROSO
(...)
Salve, ó nomes tão dignos de memória!
Vós sós sois um poema!
E entre os troféus da brasileira glória
O mais formoso emblema! …
A Orgia dos Duendes
Bernardo Guimarães
(...)
II
(...)
Já no meio da roda zurrando
Aparece a mula-sem-cabeça,
Bate palmas, a súcia berrando
— Viva, viva a Sra. condessa!...
E dançando em redor da fogueira
Vão …
II
(...)
Já no meio da roda zurrando
Aparece a mula-sem-cabeça,
Bate palmas, a súcia berrando
— Viva, viva a Sra. condessa!...
E dançando em redor da fogueira
Vão …
A origem do mênstruo
Bernardo Guimarães
De uma fábula de Ovídio achada nas escavações de Pompéia e
vertida em latim vulgar por Simão de Nuntua.
Stava Vênus gentil junto da fonte
fazendo o seu pentelho,
com …
vertida em latim vulgar por Simão de Nuntua.
Stava Vênus gentil junto da fonte
fazendo o seu pentelho,
com …
À Sepultura de um Escravo
Bernardo Guimarães
Também do escravo a humilde sepultura
Um gemido merece de saudade:
Uma lágrima só corra sobre ela
De compaixão ao menos...
Filho da África, enfim livre dos ferros
Tu dormes …
Um gemido merece de saudade:
Uma lágrima só corra sobre ela
De compaixão ao menos...
Filho da África, enfim livre dos ferros
Tu dormes …
Ao Charuto
Bernardo Guimarães
ODE
Vem, ó meu bom charuto, amigo velho,
Que tanto me regalas;
Que em cheirosa fumaça me envolvendo
Entre ilusões me embalas.
Oh! que nem todos sabem quanto vale
Uma …
Vem, ó meu bom charuto, amigo velho,
Que tanto me regalas;
Que em cheirosa fumaça me envolvendo
Entre ilusões me embalas.
Oh! que nem todos sabem quanto vale
Uma …