Olinda
Carlos Pena Filho
(Do alto do mosteiro, um frade a vê)
De limpeza e claridade
é a paisagem defronte.
Tão limpa que se dissolve
a linha do horizonte.
As paisagens muito claras
não …
De limpeza e claridade
é a paisagem defronte.
Tão limpa que se dissolve
a linha do horizonte.
As paisagens muito claras
não …
A Solidão e Sua Porta
Carlos Pena Filho
A Francisco Brennand
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se …
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se …
Soneto das Metamorfoses
Carlos Pena Filho
A Edmundo Morais
Carolina, a cansada, fez-se espera
e nunca se entregou ao mar antigo.
Não por temor ao mar, mas ao perigo
de com ela incendiar-se a primavera.
Carolina, …
Carolina, a cansada, fez-se espera
e nunca se entregou ao mar antigo.
Não por temor ao mar, mas ao perigo
de com ela incendiar-se a primavera.
Carolina, …
Soneto para Greta Garbo
Carlos Pena Filho
(Em louvor da decadência bem comportada)
Entre silêncio e sombra se devora
e em longínquas lembranças se consome;
tão longe que esqueceu o próprio nome
e talvez já nem saiba …
Entre silêncio e sombra se devora
e em longínquas lembranças se consome;
tão longe que esqueceu o próprio nome
e talvez já nem saiba …
Testamento do Homem Sensato
Carlos Pena Filho
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: «Ele era assim...»
mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada …
nem fiques a pensar: «Ele era assim...»
mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada …