Cesário Verde

Cesário Verde

Portugal — Poeta

25 Fev 1855 // 19 Jul 1886

26 Poemas

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    Cesário Verde Arrojos

    Cesário Verde
    Se a minha amada um longo olhar me desse
    Dos seus olhos que ferem como espadas,
    Eu domaria o mar que se enfurece
    E escalaria as nuvens rendilhadas.

    Se ela …

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    Cesário Verde Lágrimas

    Cesário Verde
    Ela chorava muito e muito, aos cantos,
    Frenética, com gestos desabridos;
    Nos cabelos, em ânsias desprendidos
    Brilhavam como pérolas os prantos.

    Ele, o amante, sereno como os santos,
    Deitado no …

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    Cesário Verde Manias

    Cesário Verde
    O mundo é velha cena ensanguentada.
    Coberta de remendos, picaresca;
    A vida é chula farsa assobiada,
    Ou selvagem tragédia romanesca.

    Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada -, …

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    Cesário Verde Ironias do Desgosto

    Cesário Verde
    "Onde é que te nasceu" - dizia-me ela às vezes -
    "O horror calado e triste às coisas sepulcrais?
    "Por que é que não possuis a verve dos franceses
    "E …

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    Cesário Verde Esplêndida

    Cesário Verde
    Ei-la! Como vai bela! Os esplendores
    Do lúbrico Versailles do Rei-Sol!
    Aumenta-os com retoques sedutores.
    É como o refulgir dum arrebol
    Em sedas multicores.

    Deita-se com langor no azul celeste …

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    Cesário Verde Lúbrica

    Cesário Verde
    Mandaste-me dizer,
    No teu bilhete ardente,
    Que hás de por mim morrer,
    Morrer muito contente.

    Lançastes, no papel
    As mais lascivas frases;
    A carta era um painel
    De cenas de …

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    Cesário Verde Pró Pudor

    Cesário Verde
    Todas as noites ela me cingia
    Nos braços, com brandura gasalhosa;
    Todas as noites eu adormecia,
    Sentindo-a desleixada a langorosa.

    Todas as noites uma fantasia
    Lhe emanava da fronte imaginosa; …

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    Cesário Verde A Débil

    Cesário Verde
    Eu, que sou feio, sólido, leal,
    A ti, que és bela, frágil, assustada,
    Quero estimar-te sempre, recatada
    Numa existência honesta, de cristal.

    Sentado à mesa dum café devasso,
    Ao avistar-te, …

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    Cesário Verde Noite Fechada

    Cesário Verde
    L.

    Lembras-te tu do sábado passado,
    Do passeio que demos, devagar,
    Entre um saudoso gás amarelado
    E as carícias leitosas do luar?

    Bem me lembro das altas ruazinhas,
    Que ambos …

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    Cesário Verde Humilhações

    Cesário Verde
    Esta aborrece quem é pobre. Eu, quase Jó,
    Aceito os seus desdéns, seus ódios idolatro-os;
    E espero-a nos salões dos principais teatros,
    Todas as noites, ignorado e só.

    Lá cansa-me …

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