Eugénio Andrade

Portugal — Poeta

19 Jan 1923 // 13 Jun 2005

30 Poemas

  • Previous
  • Page 3 of 3

    Poemas

    Pequena Elegia de Setembro

    Eugénio Andrade
    Não sei como vieste,
    mas deve haver um caminho
    para regressar da morte.

    Estás sentada no jardim,
    as mãos no regaço cheias de doçura,
    os olhos pousados nas últimas rosas …

    Leia mais


    As Frágeis Hastes

    Eugénio Andrade
    Não voltarei à fonte dos teus flancos
    ao fogo espesso do verão
    a escorrer infatigável
    dos espelhos, não voltarei.

    Não voltarei ao leito breve
    onde quebrámos uma a uma
    todas …

    Leia mais


    No Fim do Verão

    Eugénio Andrade
    No fim do verão as crianças voltam,
    correm no molhe, correm no vento.
    Tive medo que não voltassem.
    Porque as crianças às vezes não
    regressam. Não se sabe porquê
    mas …

    Leia mais


    Pequena Elegia Chamada Domingo

    Eugénio Andrade
    O domingo era uma coisa pequena.
    Uma coisa tão pequena
    que cabia inteirinha nos teus olhos.
    Nas tuas mãos
    estavam os montes e os rios
    e as nuvens.
    Mas as …

    Leia mais


    Quase Nada

    Eugénio Andrade
    O amor
    é uma ave a tremer
    nas mãos de uma criança.
    Serve-se de palavras
    por ignorar
    que as manhãs mais limpas
    não têm voz.


    Leia mais


    Último Poema

    Eugénio Andrade
    É Natal, nunca estive tão só.
    Nem sequer neva como nos versos
    do Pessoa ou nos bosques
    da Nova Inglaterra.
    Deixo os olhos correr
    entre o fulgor dos cravos
    e …

    Leia mais


    Contigo

    Eugénio Andrade
    Acordo na manhã de oiro
    entre o teu rosto e o mar.

    As mão afagam a luz,
    prolongam o dia breve.

    Entre o teu rosto e o mar
    ninguém deseja …

    Leia mais


    Coroava-te de Rosas

    Eugénio Andrade
    Se pudesse, coroava-te de rosas
    neste dia —
    de rosas brancas e de folhas verdes,
    tão jovens como tu, minha alegria.

    Terra onde os versos vão abrindo,
    meu coração, não …

    Leia mais


    Que Diremos Ainda?

    Eugénio Andrade
    Vê como de súbito o céu se fecha
    sobre dunas e barcos,
    e cada um de nós se volta e fixa
    os olhos um no outro,
    e como deles devagar …

    Leia mais


    Rosto Afogado

    Eugénio Andrade
    Para sempre um luar de naufrágio
    anunciará a aurora fria.
    Para sempre o teu rosto afogado,
    entre retratos e vendedores ambulantes,
    entre cigarros e gente sem destino,
    flutuará rodeado de …

    Leia mais


  • Previous
  • Page 3 of 3