João Miguel Fernandes Jorge

João Miguel Fernandes Jorge

Portugal — Poeta

n. 1943

13 Poemas

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    João Miguel Fernandes Jorge Se Falássemos de Amor Falávamos de Outra Maneira

    João Miguel Fernandes Jorge
    Se falássemos de amor falávamos de outra maneira.

    A imagem de qualquer pedra servia bem a desordem
    que vai sobre esta mesa
    o copo de cerveja
    admiráveis modos de viver …

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    João Miguel Fernandes Jorge Este é o Papel Singular da Alegria

    João Miguel Fernandes Jorge
    Este é o papel singular da alegria
    a lei errante do país
    é o maior dos silêncios.

    Caminhei por entre rios pontos de água
    estações de novembro
    pequena razão dos …

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    João Miguel Fernandes Jorge Há Momentos que Resulta tão Difícil Chegarmos a um Sentimento

    João Miguel Fernandes Jorge
    Há momentos em que do fogo sobe para a noite
    há momentos que resulta tão difícil chegarmos a um
    sentimento.
    Descubro uma figura que já não
    sei seguir. Há momentos …

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    João Miguel Fernandes Jorge Trago-te ao Espaço da Janela

    João Miguel Fernandes Jorge
    Trago-te ao espaço da janela.
    De novo surgiram deste lado da rua.
    Em voz baixa disse «uma alucinação». A
    única resposta foi entrar em casa
    subir ao quarto mudar de …

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    João Miguel Fernandes Jorge Como Podemos Esperar

    João Miguel Fernandes Jorge
    Como podemos esperar.
    Aguardar o que nossas mãos possam reter.
    Uma palavra. O olhar cúmplice. Se as coisas
    têm já o estado do vento
    o que nas ruas fica das …

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    João Miguel Fernandes Jorge Vimos do Tempo da Falta Mínima

    João Miguel Fernandes Jorge
    Vimos do tempo da falta mínima
    da casa construindo as folhas de quadrícula
    (quando um traço mais que expressivo preenche
    o vazio de uma folha)
    nem beleza nem fim
    nem …

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    João Miguel Fernandes Jorge A Questão deste Corpo

    João Miguel Fernandes Jorge
    A questão deste corpo está hoje no esquecimento
    dogma sobre ele erguido há muito tempo: é
    um corpo flutuante confuso próximo de
    um conhecimento verbal
    questão em si mesmo questionando …

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    João Miguel Fernandes Jorge O que me Faz Escrever este Poema

    João Miguel Fernandes Jorge
    O que me faz escrever este poema
    não são as coisas: terra céu astros.
    A saber: estendo a mão: e
    o mundo reconhece-a encontra a

    memória onde repousa e se …

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    João Miguel Fernandes Jorge Reduzir a Dependência das Coisas

    João Miguel Fernandes Jorge
    Tudo consiste em reduzir a dependência das coisas.
    Partes amanhã. Não mais nos veremos. Um pouco o
    desertor a cada passagem da nossa alma ou
    quem espera para morrer.

    A …

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    João Miguel Fernandes Jorge Não Trago Recordações

    João Miguel Fernandes Jorge
    Não trago recordações.
    Escolheria as que não interessam a ninguém.
    Como se erguesse contra mim o tiro de uma arma
    ou acabasse de ler as disposições da comuna
    sobre as …

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