Jorge Sena

Portugal — Poeta/Crítico/Ensaísta/Ficcionista

2 Nov 1919 // 4 Jun 1978

23 Poemas

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    Ode à Mentira

    Jorge Sena
    Crueldades, prisões, perseguições, injustiças,
    como sereis cruéis, como sereis injustas?
    Quem torturais, quem perseguis,
    quem esmagais vilmente em ferros que inventais,
    apenas sendo vosso gemeria as dores
    que ansiosamente ao …

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    Ser

    Jorge Sena
    Cansada expectativa tão ansiosa
    que ser só eu na minha vida espalha!
    Na longa noite em que se tece a malha
    do que não serei nunca, fervorosa

    minha presença rútila …

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    Ascensão

    Jorge Sena
    Nunca estive tão perto da verdade.
    Sinto-a contra mim,
    Sei que vou com ela.

    Tantas vezes falei negando sempre,
    esgotando todas as negações possíveis,
    conduzindo-as ao cerco da verdade,
    que …

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    Exactidão

    Jorge Sena
    Levam as frases sentido
    que uma cadência lhes dá:
    sentido do não-vivido
    a que fica reduzido
    o que, escolhido, não há.

    Do imo do poder ser,
    onde o não-sido se …

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    Ode ao Destino

    Jorge Sena
    Destino: desisti, regresso, aqui me tens.

    Em vão tentei quebrar o círculo mágico
    das tuas coincidências, dos teus sinais, das ameaças,
    do recolher felino das tuas unhas retracteis
    - ah …

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    Eternidade

    Jorge Sena
    Vens a mim
    pequeno como um deus,
    frágil como a terra,
    morto como o amor,
    falso como a luz,
    e eu recebo-te
    para a invenção da minha grandeza,
    para rodeio …

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    Ter-te de Todas as Maneiras

    Jorge Sena
    E, todavia, eu não quisera amar-te.
    Mas ter-te, sim, de todas as maneiras.
    Quem és e como és, de quem te abeiras,
    que dizes ou não dizes, pouco importa.

    E …

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    Um Epílogo

    Jorge Sena
    Quando estes poemas parecerem velhos,
    e for risível a esperança deles:
    já foi atraiçoado então o mundo novo,
    ansiosamente esperado e conseguido
    - e são inevitáveis outros poemas novos,
    sinal …

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    Baptismo

    Jorge Sena
    Os mais difíceis poemas onde falo de amor
    são aqueles em que o amor contempla.

    O amor esquece ao contemplar,
    esquece que não existe e encantado olha
    um raio anónimo …

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    Ode ao Amor

    Jorge Sena
    Tão lentamente, como alheio, o excesso de desejo,
    atento o olhar a outros movimentos,
    de contacto a contacto, em sereno anseio, leve toque,
    obscuro sexo á flor da pele sob …

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