Adormecer
José Paulo Moreira da Fonseca
O barco parte em silêncio
a alma é aventura
navegar
sem cartas sem rumo
e desta viagem nocturna
que notícias não direi sequer a mim
[mesmo?
a alma é aventura
navegar
sem cartas sem rumo
e desta viagem nocturna
que notícias não direi sequer a mim
[mesmo?
Renascimento
José Paulo Moreira da Fonseca
Quando tudo te parece perdido
escuta a vida
o silêncio da vida murmurando
poderei sorver minha seiva
sob o áspero pó das ruínas
escuta a vida
o silêncio da vida murmurando
poderei sorver minha seiva
sob o áspero pó das ruínas
Balança
José Paulo Moreira da Fonseca
O muito que me recusam,
dá-me o poema
em seu corpo de ar.
A alma faz o que não existe
e da sombra pousada sobre os olhos
vai desenhando a …
dá-me o poema
em seu corpo de ar.
A alma faz o que não existe
e da sombra pousada sobre os olhos
vai desenhando a …
A Avidez da Morte
José Paulo Moreira da Fonseca
Quem nos contará
o que o morto sabia
mas não disse?
Quem há-de escrever as cartas
que o morto não escreveu?
Qual de nós poderá lembrar-se
de quem só o …
o que o morto sabia
mas não disse?
Quem há-de escrever as cartas
que o morto não escreveu?
Qual de nós poderá lembrar-se
de quem só o …
Tiradentes
José Paulo Moreira da Fonseca
Quando uma ideia é sangue
Somos um só. Nela eu vivo e ela em mim,
Jamais poderão separar-nos,
Mesmo abandonando à rosa dos ventos
Meu corpo dividido.
Somos um só. Nela eu vivo e ela em mim,
Jamais poderão separar-nos,
Mesmo abandonando à rosa dos ventos
Meu corpo dividido.