A Minha Mãe
Lembra alvuras de cisne sobre um lago
A minha vida imaculada e honesta...
Ouço bater meu coração em festa,
Pela bondade e amor que nele trago!
Do meu orgulho olímpico de mago
Só o desdém aos inimigos resta,
Maior que às folhas mortas da floresta,
Que nos meus dedos pálidos esmago.
Mas a piedade enche o meu peito, e vem,
Em vez de tão humano e vil desdém,
Ungir meus lábios de um perdão divino...
Julguei ser Deus! E choro de cansaço...
Oh, mãe piedosa, embala no regaço
Meu coração exausto de menino!...
A minha vida imaculada e honesta...
Ouço bater meu coração em festa,
Pela bondade e amor que nele trago!
Do meu orgulho olímpico de mago
Só o desdém aos inimigos resta,
Maior que às folhas mortas da floresta,
Que nos meus dedos pálidos esmago.
Mas a piedade enche o meu peito, e vem,
Em vez de tão humano e vil desdém,
Ungir meus lábios de um perdão divino...
Julguei ser Deus! E choro de cansaço...
Oh, mãe piedosa, embala no regaço
Meu coração exausto de menino!...