Núpcias
Meia-luz... Perfume... Flores…
Um leito de róseas cores…
Um “Não” um “Sim…” e depois?...
Olhos entre amor e mágoa
E um fio trêmulo d’água
Molhando a face dos dois!
Depois… o delírio acalma!
A noite solta uma palma
De silêncio sobre o Lar.
E os dois nubentes queridos
Como dois pombos unidos
Trocam, sorrindo, um olhar…
Passam dias… Passam meses…
Passam dois anos, às vezes,
Ou mais… — Quem pode saber!
E a mamãe — num doce enleio —
Agasalha sobre o seio
O filho que viu nascer!
O papazinho contente
Junto ao leito, sorridente
Contempla o fruto do amor…
Desde então no lar paterno
Viceja qual flor no Inverno
A humana e querida flor!
E assim vão correndo os anos
Arrastando desenganos
Que só podem vir depois…
Entre os dois que se casaram
As contas multiplicaram:
— Vivem dez… em vez de dois!
Caruaru — Pernambuco, 1943.
Um leito de róseas cores…
Um “Não” um “Sim…” e depois?...
Olhos entre amor e mágoa
E um fio trêmulo d’água
Molhando a face dos dois!
Depois… o delírio acalma!
A noite solta uma palma
De silêncio sobre o Lar.
E os dois nubentes queridos
Como dois pombos unidos
Trocam, sorrindo, um olhar…
Passam dias… Passam meses…
Passam dois anos, às vezes,
Ou mais… — Quem pode saber!
E a mamãe — num doce enleio —
Agasalha sobre o seio
O filho que viu nascer!
O papazinho contente
Junto ao leito, sorridente
Contempla o fruto do amor…
Desde então no lar paterno
Viceja qual flor no Inverno
A humana e querida flor!
E assim vão correndo os anos
Arrastando desenganos
Que só podem vir depois…
Entre os dois que se casaram
As contas multiplicaram:
— Vivem dez… em vez de dois!
Caruaru — Pernambuco, 1943.