O Sino
Seis horas… Somente o sino
Lá da torre da Matriz
Canta enganando a si mesmo
Para pensar que é feliz;
Mas… quem sabe no seu canto
O sino triste o que diz?!
Ah! Talvez o sino cante
Porque sente nesse instante
Alguma recordação…
Às vezes a gente canta
Porque não suporta tanta
Saudade no coração.
Delém… Delém… São palavras
Que ele arranca das entranhas
Provando às cousas estranhas
Quem também sabe falar…
O que seria do sino
Se por sorte fosse mudo
E na alma guardasse tudo
Que às vezes o faz cantar?!
Ah! O pobre sino canta
Mas nunca diz à garganta
O que o coração lhe diz…
Do mesmo modo que o sino,
Eu engano meu destino
Dizendo que sou feliz!
Caruaru — Pernambuco, 1942.
Lá da torre da Matriz
Canta enganando a si mesmo
Para pensar que é feliz;
Mas… quem sabe no seu canto
O sino triste o que diz?!
Ah! Talvez o sino cante
Porque sente nesse instante
Alguma recordação…
Às vezes a gente canta
Porque não suporta tanta
Saudade no coração.
Delém… Delém… São palavras
Que ele arranca das entranhas
Provando às cousas estranhas
Quem também sabe falar…
O que seria do sino
Se por sorte fosse mudo
E na alma guardasse tudo
Que às vezes o faz cantar?!
Ah! O pobre sino canta
Mas nunca diz à garganta
O que o coração lhe diz…
Do mesmo modo que o sino,
Eu engano meu destino
Dizendo que sou feliz!
Caruaru — Pernambuco, 1942.