Para quê me Deste à Vida?
Para que foi, ó Mãe, que me criaste?
Mas antes! para quê me deste à vida?
Emendando: porquê, de espavorida,
o pescoço me não estorcegaste?
Melhor andaras, Mãe, pois destinaste,
assim, a tua carne a ser perdida.
Ah! Mãe! Na tua gélida jazida,
saberás que, ao seres mãe, me assassinaste?
Se o sabes, no teu ventre, como cunhas,
deves cravar, em desespero, as unhas,
deves na campa estertorar aos ais.
Aqui estou, Mãe, agora, nestas ânsias.
Aqui estou, sem estar. Rojo em distâncias,
só e sem mim, que é um só demais.
Mas antes! para quê me deste à vida?
Emendando: porquê, de espavorida,
o pescoço me não estorcegaste?
Melhor andaras, Mãe, pois destinaste,
assim, a tua carne a ser perdida.
Ah! Mãe! Na tua gélida jazida,
saberás que, ao seres mãe, me assassinaste?
Se o sabes, no teu ventre, como cunhas,
deves cravar, em desespero, as unhas,
deves na campa estertorar aos ais.
Aqui estou, Mãe, agora, nestas ânsias.
Aqui estou, sem estar. Rojo em distâncias,
só e sem mim, que é um só demais.