Quando nas Mãos de Amor me Vi Sujeito
Quando nas mãos de amor me vi sujeito,
A razão em mil erros consentindo,
Jurei de nunca mais, em lhe fugindo,
Sujeitar-me a seu bárbaro preceito.
Ora pude escapar-lhe, e ver desfeito
O duro laço, que me andara urdindo,
Até que pouco a pouco fui sentindo
De novas chamas inflamar-se o peito.
Olhando então por mim, achei quebrada
A ligeira promessa, a um brando rogo,
Por minha própria mão sacrificada;
Que juras contra amor, por desafogo,
São votos de tormenta já passada,
Que depois de serena, esquecem logo.
A razão em mil erros consentindo,
Jurei de nunca mais, em lhe fugindo,
Sujeitar-me a seu bárbaro preceito.
Ora pude escapar-lhe, e ver desfeito
O duro laço, que me andara urdindo,
Até que pouco a pouco fui sentindo
De novas chamas inflamar-se o peito.
Olhando então por mim, achei quebrada
A ligeira promessa, a um brando rogo,
Por minha própria mão sacrificada;
Que juras contra amor, por desafogo,
São votos de tormenta já passada,
Que depois de serena, esquecem logo.