
Uva, Pedra, Cavalo, Sol e Pensamento
O rio continua a passar na minha ausência.
Eu não sei o que o pássaro pensa da chuva.
A terra tem o gosto agridoce de uma uva.
Tudo em que ponho o olhar tem mágica inocência.
Magra como uma vara de anzol pode ser a mulher.
Gorda como a cara do sol pode ser a laranja.
Ligeiro, o cavalinho. Trem-de-ferro qualquer,
apitando, tudo é bondade que a vida arranja.
Os anos que a pedra vive no seio das águas.
Os anos que o coração bate no peito do homem.
Os pés e as pernas unidos na mesma faina.
As mágoas que se consomem iguais aos ventos.
Uva, pedra, cavalo, sol e pensamento.
Eu não sei o que o pássaro pensa da chuva.
A terra tem o gosto agridoce de uma uva.
Tudo em que ponho o olhar tem mágica inocência.
Magra como uma vara de anzol pode ser a mulher.
Gorda como a cara do sol pode ser a laranja.
Ligeiro, o cavalinho. Trem-de-ferro qualquer,
apitando, tudo é bondade que a vida arranja.
Os anos que a pedra vive no seio das águas.
Os anos que o coração bate no peito do homem.
Os pés e as pernas unidos na mesma faina.
As mágoas que se consomem iguais aos ventos.
Uva, pedra, cavalo, sol e pensamento.